giovedì 30 aprile 2009

O 'afinal' das coisas.

A gente gasta um tempão e uma energia preciosa em questões que sabemos que não tem resposta, ao menos imediata. Mas insistimos. Pra curar dores, medos, ansiedades, pavores, traumas. Afinal, insistimos.

Me vejo muito frequentemente (e não só eu) buscando a razão nas coisas, os porquês, os quandos, os aondes... É como se buscássemos um porto seguro, um conforto pra gente, um conformismo hipócrita e até necessário às vezes, mas hipócrita. Não sabemos de quase nada e ponto. E no fundo no fundo, mesmo se soubéssemos de alguma coisa não estaríamos contentes e nem contentados, e não saberíamos o que fazer do mesmo jeito. Porque somos assim, humanos. Mas não generalizo a raça, não somos todos iguais.

Hoje ao pôr-do-sol me observei de fora pra dentro. Escutando Ennio Morricone e Nino Rota, com um friozinho de fim de tarde espetacular, enquanto olhava a paisagem, me veio aquele pensamento... Aquele de que, afinal, viver é mesmo o grande barato.

Se estar vivo significa alguma coisa, não importa saber. Importa mesmo é sentir o gosto que tem, é tomar água, é respirar, beijar, abraçar, desenhar, deitar, cair, levantar, errar, aprender, crescer, dividir, compartilhar... e etc.

Talvez assim haja mais paz dentro.


(First Youth – Ennio Morricone)

sabato 25 aprile 2009

Tombo.

Puta merda, que capote!

Hoje, sábado 25 de abril, feriado na Itália para relembrar sua liberação do fascismo. Fui à Torino almoçar e fazer um giro no meio de um monte de atividades que a cidade organizou, shows, feiras e tanto mais. Ok. Lá pelas tantas, faltavam 5 minutos pra eu pegar o ônibus que me portaria de volta pra casa, então corri. Ao chegar na avenida principal, avistei ao longe meu ônibus no ponto, parado, mas os 5 minutos já haviam passado, sem pensar, saí correndo mais ainda, literalmente. Moral: ao atravessar a última travessinha de rua, vim abaixo, literalmente. Um capote espetacular, com máquina na mão e tudo mais. Joelho roxo, inchado e uma mais uma metáfora incrível e importante pro currículo dos aprendizados práticos das coisas.

No fim, em Torino está rolando uma Bienal da Democracia, o que contribui ainda mais pras atividades na cidade. Mostras, exibições gratuitas de filmes, vernissages, debates, shows, cidade cheia de gente e cor e comida. Fui em uma feira que acolhia estandes de tudo quanto é canto: músicas típicas, comidas típicas italianas de cada canto, roupas exóticas, bolsinhas, blusinhas, comida árabe, espanhola, alemã, inglesa, austríaca, grega, salames e salames e pães e pães gigantes e cervejas e doces e etc.

Tinha até um cão muito particular, que me chamou muita atenção porque se parecia com a nossa Luma.

Viva o levantar após a queda.












venerdì 24 aprile 2009

Gente colorida.

Escolher cor é bom.
E são tantas.
Cor não dói.

Não existe cor feia.
Existe cor interpretada.
E existe cor triste.

Ter cor não basta.
Basta ser feliz com a sua cor.
Porque ser feliz é bom.

Cor é bom.


lunedì 20 aprile 2009

A Toscana dos meus olhos.

Descobrir.
Ver.
Sentir.
Guardar, se possível para sempre.

O giro pela Toscana que pude fazer nesse feriado prolongado de Páscoa se tornou um verdadeiro acontecimento em minha vida. Presenciei coisas que estavam guardadas em meu imaginário, até lúdico, em algum canto por aí.

Emociona. Emociona porque vejo claramente as possibilidades que foram à mim creditadas e me sinto muito feliz e grato de poder vivê-las do meu jeito e ao meu modo, mesmo não sendo os melhores e nem piores.

Agradeço tantissimo e mais uma vez à Giulia, pela paciência e pela disposição de fazer esse roteiro, às vezes cotidiano, mais uma vez e dessa vez comigo ao lado. Também à sua família, que me recebeu de um modo tal que me senti em casa logo na chegada.

Gratidão e conscientização. Entender que esse momento de receber vem e também vai uma hora. Aproveitar e gozar das probabilidades concretizadas pela vida e pelo suor de tantos.

Muito obrigado.




Pistoia















Siena











Pisa











Firenze